ACIP promove Encontro de E-Commerce

A consolidação da plataforma do E-Commerce é um caminho sem volta. A velocidade como isso vai acontecer dependerá do engajamento gradativo dos consumidores, mas a tendência é por um crescimento irreversível em todos os setores da economia. Essa pode ser a principal síntese do I Encontro de E-Commerce da Associação Empresarial de Palhoça (ACIP), realizado na noite de quinta-feira (31.08) em parceria com a Associação Brasileira de E-Commerce/Santa Catarina. Mais de 30 empresários, gestores e profissionais ligados a vários setores participaram do evento, considerado o ponto de partida para a criação do Núcleo de E-Commerce da ACIP.

O Vice Presidente Everson Mai, em nome da Diretoria da ACIP, abriu o evento destacando a importância do papel da Entidade em prol da causa associativista, como geradora de crescimento econômico através de ações de estímulo ao surgimento de novos negócios. “É exatamente isso que estamos acompanhando mais uma vez aqui na ACIP neste evento com uma plateia focada no e-commerce”, afirmou.

Coube à consultora da ACIP, Luisa Bonow, apresentar as linhas gerais do Programa Empreender. Ele foi criado em 1991 por entidades empresariais catarinenses e que em 1996 foi estadualizado pela Facisc. A partir de 2002, o Empreender foi nacionalizado pela Confederação das Associações Empresariais (CACB) como modelo básico de criação e desenvolvimento de núcleos por entidades empresariais de todo o País. É o modelo adotado pela ACIP para o desenvolvimento de seus núcleos, bem como as demais ACIs.

Entrando especificamente no tema do evento, o empresário Felipe Souto mostrou algumas das caraterísticas deste formato de fazer negócios. Ele tem 15 anos de atuação no segmento com a sua empresa Maxibel, associada ACIP. Dessa experiência, Souto revelou que se trata de um segmento altamente promissor, mas que também tem seus desafios.

– O E-Commerce é um canal de vendas extremamente viável, mas a operação precisa estar cercada de todos os cuidados. A gente acompanha muitos exemplos de negócios com crescimento exponencial e rápido com grande visibilidade e impacto, porém existe também um outro lado de muitos projetos que deram errado por falta de planejamento e de da execução equivocada – alertou.

Lito Aguiar, que é especialista em E-Commerce e Marketing Digital, salientou que antes mesmo de optar pelo E-Commerce e sobre qual a plataforma ser utilizada, alugada ou própria, o mais importante é definir o modelo de negócio e avaliar se ele cabe ser aplicado neste canal.

Na sua intervenção, a Vice-Presidente de Apoio ao Lojista da ABComm/SC, Valéria Bittencourt chamou a atenção para a necessidade de uma estratégia de marketing digital dando o suporte para a viabilidade de negócio. “A estratégia de marketing é crucial para o sucesso de um empreendimento de E-Commerce”, assegurou.

A tendência de crescimento desta modalidade é fundamentada pelos números do setor. O E-commerce brasileiro faturou em 2016 o total de R$ 53,4 bilhões – crescimento de 11% em relação a 2015. Para 2017 a previsão é que o setor alcance R$ 59,9 bilhões, segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm).

O Brasil tem hoje cerca de 90 plataformas de e-commerce disponíveis. O país é um dos mais fortes no setor de comércio digital, atualmente ocupando a 10° posição no ranking mundial. Neste primeiro semestre de 2017 o Brasil superou a marca de 600 mil sites de e-commerce, em 2014 eram 360 mil.

Outro dado é que cada vez mais os dispositivos móveis vão fazendo parte do hábito de consumo das pessoas. O uso do smartphone para compras em 2016 representou 21,5% das transações realizadas nas lojas virtuais. Para este ano a perspectiva é que de cresça para 32%.

Uma das tendências mais fortes no cenário econômico mundial e que também se reflete no mercado nacional, segundo os palestrantes, é o crescimento do chamado omni-channel (canal único), conceito que prega a existência de um único modelo de negócio formado por lojas físicas e digitais que se apresentam como uma única proposta de valor diante do consumidor.

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